O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que sua mulher, Marisa Letícia, morreu triste e foi vítima de atos de "canalhice" e "imbecilidade". Em discurso feito no final do velório da ex-primeira-dama, ele afirmou estar com a consciência tranquila e que não precisa provar que é inocente.
"Marisa morreu triste pela canalhice que fizeram com ela e a imbecilidade e a maldade que fizeram com ela...Tenho 71 anos. Eu vou viver muito porque eu quero provar que os facínoras que levantaram leviandades contra a Marisa tenham um dia a humildade de pedir desculpas a ela", disse, durante velório realizado no salão principal do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo.
Em um tom sereno e se emocionando por diversas vezes, Lula fez um discurso que durou cerca de 20 minutos e reafirmou que não tem medo de ser preso e quem o acusa é que precisa juntar provas contra ele.
"Se alguém tem medo de ser preso, quero dizer que esse que está enterrando a sua mulher não tem. Tenho consciência tranquila. Tenho certeza da consciência e do trabalho da minha mulher. Não sou eu que tenho que provar que sou inocente. Eles que precisam provar que as mentiras que eles estão contando são verdade. Querida companheira Marisa, descanse em paz, porque o seu "Lulinha Paz e Amor" vai continuar brigando muito", afirmou, ao se despedir da mulher.
Ao fundo do salão do sindicato foi colocada uma foto de Lula e Marisa juntos. Com a imagem ao fundo e ao lado do caixão da mulher, Lula contou que foi ele quem escolheu o vestido que a estava sendo enterrada.
"Eu vou continuar agradecendo a Marisa até o dia que eu não puder mais. Até o dia que eu morrer e espero encontrar com ela com esse mesmo vestido que eu escolhi para colocar nela, vermelho, para mostrar que a gente não tinha medo de vermelho quando era vivo e não vai ter morto. Ela está com uma estrelinha do PT no seu vestido e eu tenho orgulho desta mulher", disse o ex-presidente.
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