Democrata passou dos 270 votos votos no colégio eleitoral, segundo projeções de diversos veículos de imprensa, como Associated Press, 'New York Times', NBC e CNN.
O democrata Joe Biden alcançou os 270 delegados no Colégio Eleitoral neste sábado (7), segundo projeções de diversos veículos de imprensa, número suficiente para derrotar o republicano Donald Trump e se sagrar o 46º presidente dos Estados Unidos. Embora não oficial, esse tipo de projeção é suficiente para que a sociedade americana reconheça a eleição de um presidente.
Na manhã deste sábado, faltavam pelo menos 6 votos no colégio eleitoral para que Biden chegasse a 270 sua vitória se confirmasse, segundo as projeções da Associated Press. Com a vitória projetada na Pensilvânia, Biden chegou a 284 delegados.
Outros veículos, como o "New York Times", por exemplo, ainda não haviam declarado Biden vencedor no Arizona, que tem 11 delegados. Porém, com os 20 votos eleitorais da Pensilvânia, a disputa no Arizona passou a ser indiferente, já que não muda mais o resultado.
Em seu pronunciamento, Biden rebateu: "Todos os votos precisam ser contados. Ninguém vai tirar nossa democracia, nem agora, nem nunca. A América foi longe demais, lutou em muitas batalhas, a América suportou demais para deixar isso acontecer."
Trump está tentando evitar se tornar o primeiro presidente em exercício dos EUA a perder uma candidatura à reeleição desde George H.W. Bush, em 1992.
Biden
A virtual vitória de Biden marca o retorno de um democrata à Casa Branca desde a saída de Barack Obama, que governou o país entre 2009 e 2017 — e de quem Biden foi vice-presidente.
Casado com Jill Biden, Joe Biden nasceu em 1942 na Pensilvânia, em uma família católica. O democrata se notabilizou na política em 1972, quando, aos 29 anos, se elegeu para o Senado pelo estado de Delaware e se tornou uma das pessoas mais jovens a assumir o cargo na história dos Estados Unidos.
A apuração dos votos deste ano começou dramática para o democrata, que perdeu a Flórida (contrariando a média das pesquisas) e sofreu revezes na Geórgia e na Carolina do Norte — estados onde Biden pretendia virar a vantagem obtida por Trump quatro anos atrás.
Mas outras vitórias em estados-chave, com votos contados apenas no fim, determinaram a vitória de Biden segundo as projeções. Uma das razões foi a previsível demora na contagem dos votos que chegaram por correio.
Mais de 100 milhões de eleitores americanos votaram antes do dia oficial das eleições. Isso representa quase 73% do total de pessoas que foram às urnas em 2016. Desses, mais de 64,5 milhões das cédulas foram enviadas pelo correio.
O voto antecipado foi motivado, entre outras razões, por receio de aglomerações na pandemia. E a maioria desses eleitores votou em Biden, já apontavam projeções feitas antes mesmo do dia da eleição.
A pandemia, inclusive, fez Biden evitar comícios com grandes aglomerações ao longo da campanha. O democrata preferiu fazer reuniões com poucas pessoas — ou, já na reta final, atos políticos com carros.
Do G1.
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