quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Ex-prefeito de Buíque, Jonas Camelo (PSD) é investigado pelo MPCO


O ex-prefeito de Buíque, Jonas Camelo de Almeida Neto (PSD), é alvo de investigação por parte do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO). O social-democrata é acusado de suposta prática de crimes de improbidade administrativa, ordenação de despesa não permitida por lei e prevaricação. Durante os últimos dias de mandato, no fim do mês de dezembro, Jonas realizou a nomeação e posse de 352 servidores efetivos, contra a orientação de medida cautelar do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE).

A recomendação do Tribunal proibia a posse de novos servidores, em razão da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Segundo peça do MPCO, protocolada no Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a LRF veda o aumento de despesas com pessoal nos últimos 180 dias do mandato. "A ordem contida na Medida Cautelar não foi obedecida pelo, à época, Prefeito do Município de Buíque, Sr. Jonas Camelo de Almeida Neto. E não foi por falta de conhecimento da decisão, pois esta foi publicada no Diário Eletrônico do TCE-PE um dia após ser proferida", diz relatório de auditoria assinado pelo TCE-PE. 

O social-democrata, derrotado nas eleições de outubro pelo grupo adversário comandado pelo PMDB, ainda é acusado de se opor ao recebimento de notificação de um servidor do TCE-PE. O MPCO solicitou ao novo procurador geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros, a abertura de uma ação civil de improbidade, em decorrência da prática de obstrução aos trabalhos do TCE e descumprimento da medida cautelar, além da abertura de um processo-crime e outro de improbidade contra o ex-prefeito. 


Diario tentou contactar Jonas para prestar esclarecimentos, mas não obteve resposta. No início de janeiro, o prefeito eleito Arquimedes (PMDB) anulou todas as nomeações vinculadas ao concurso, exonerando todos os servidores admitidos pela antiga gestão. 

Do Diário de Pernambuco

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