Bastou ser publicado no Diário
Oficial, o parecer favorável da Conselheira Substituta Alda Magalhães, a Medida
Cautelar que suspendeu a nomeação dos aprovados no concurso público, realizado
pela prefeitura de Buíque, para que partidários do prefeito que se despede na
próxima semana, inundassem as redes sociais com críticas, “indignação” e muita “solidariedade”
com os aprovados.
De acordo com informações da
equipe do prefeito diplomado Arquimedes Valença, a Medida Cautelar foi
necessária justamente para assegurar o direito dos aprovados no concurso, preservar
as finanças do município e o enquadramento na Lei de Responsabilidade Fiscal,
já que o novo governo vai herdar um município em colapso financeiro, estrutural
e praticamente sem nenhuma informação técnica, já que várias informações e
documentos importantes para diagnosticar a saúde financeira do município foram
negados a equipe de transição.
A equipe do futuro prefeito
lembra que há no município, vários funcionários que pelo “mérito” de votar no atual
gestor, ganharam o indulto de receber os seus vencimentos sem precisar dá expediente.
E para identificar essas pessoas, logo no início do próximo governo, será realizado
um recadastramento de todos os funcionários da prefeitura, para que depois de identificados
e localizados, os aprovados no concurso público sejam nomeados e também
localizados em seus respectivos postos para exercerem as suas funções, de
acordo com as necessidades do município. A futura gestão garante que os
aprovados no concurso não serão prejudicados.
O que vem causando estranheza no
repentino surto de boas intenções por parte da atual gestão com os aprovados, é
a época em que prefeito decidiu convocar todos os 352 aprovados, no apagar das
luzes de uma gestão que tem todos os ingredientes para entrar para a história do
município como uma das mais desastrosas, com façanhas até então inéditas, como
a de “ostentar” o vergonhoso título de município que menos se desenvolve em
Pernambuco, segundo levantamento de institutos especializados no assunto, apesar
de contar mensalmente com repasses consideráveis por parte dos governos
Estadual, e principalmente Federal.
A decisão de convocar os
aprovados nos últimos dias de gestão, questiona o comprometimento do atual governo
com o município, já que o prefeito homologou o concurso no início do mês de
julho, tendo tempo mais que suficiente para convocar, nomear e dá posse aos
aprovados. O problema é que para fazer isso em época de eleição, o exército de
contratados, que se viravam nos 30 para conquistar votos para a candidata governista,
com a esperança de renovarem os seus contratos, muitos seriam inevitavelmente
substituídos pelos CDFs que se deram bem no concurso, e isso não seria nada
interessante para o governo, já que certamente não contaria com o empenho dos
seus comandados.
Sobre essa ótica, muitos se
perguntam: Será que se a candidata apoiada pelo atual prefeito tivesse obtido
sucesso nas urnas no último dia 2 de outubro, o prefeito estaria com esse
empenho e essa “boa vontade” para nomear todos os aprovados do concurso no
apagar das luzes do seu governo, com a consciência de estar entregando ao seu
sucessor um município afundado no caos e com suas finanças debilitadas? Para se
ter ideia do grau de irresponsabilidade da atual gestão com o erário público, o prefeito encontrou o município em 2009, com a previdência dos servidores com saldo
de quase R$ 3 milhões de reais, e vai devolver com um rombo astronômico, pondo
em risco os vencimentos dos aposentados e pensionistas do município.
Medida cautelar é o
procedimento judicial que visa prevenir, conservar, defender ou assegurar a
eficácia de um direito.
Assim esperamos...e estamos de olhos bem abertos.
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