Secretaria de Assistência Social de Buíque inicia campanha contra o trabalho infantil

Na manhã dessa quarta-feira (22), a Prefeitura de Buíque, através da Secretaria de Assistência Social, deu a largada na campanha “Nesse Carnaval, não deixe o trabalho infantil desfilar”, que foca o combate a uma das piores formas de violências praticadas contra a criança e ao adolescente, que é a exploração do trabalho infantil. No Brasil, o número de crianças que são obrigadas a trocar a sua infância pelo trabalho, ultrapassa os dois milhões e meio, segundo levantamento dos órgãos competentes. A consequência disso é a prática de vários tipos de violência, como o abuso sexual, a exploração sexual, o retardamento do crescimento, e em inúmeros casos, o abandono escolar.

Para chamar a atenção da população, a equipe da Secretaria de Assistência Social, saiu pelas principais ruas do centro da cidade, na companhia de animadores, que explicavam as pessoas a importância da campanha. Durante o percurso, enquanto os animadores faziam a festa, a equipe colava cartazes e explicavam aos proprietários das lojas, as consequências e os danos causados as crianças e aos adolescentes, quando são obrigados a perderem a infância. A campanha terá destaque especial nesse período carnavalesco. Nos quatro dias da Folia de Momo, a equipe da secretaria de Assistência Social estará com um stand e profissionais disponíveis no pátio de eventos São Sebastião.

De acordo com a secretaria, após o carnaval, o município seguirá com uma agenda de ações e atividades, de olho na diminuição da prática do trabalho infantil. As ações vão desde visitas a locais onde o trabalho infantil é mais presente, acompanhamento da criança, do adolescente e das famílias, além de formação de núcleos de cidadania. Nessa “guerra”, o poder público municipal conta com a parceria importante do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, o Conselho Tutelar e o Ministério público.

"Todo dia é dia de lutar contra este problema, e todos nós somos responsáveis por essa luta. Trabalhar não é coisa de criança", disse a secretária de Assistência Social Teófila Valença.